Jogar voleibol em uma grande equipe do país é o sonho de muitos jovens de Nova Petrópolis e região, alimentado pelo Projeto Vôlei Nova Petrópolis, que faz um excelente trabalho com categorias de base. 

Para a jovem Pietra Mathilde Fernandes, 17 anos, não foi diferente. Ela iniciou seus treinamentos na equipe de Nova Petrópolis em 2014, mas antes disso já nutria um amor pelo esporte ao acompanhar as primas nos treinamentos. "Observava o quanto era incrível jogar vôlei, como era um esporte sadio e de equipe e, especialmente, como todos sempre foram tratados com respeito e profissionalismo pelos professores do Projeto", conta. Para ela, o apoio dos pais foi decisivo para ingressar no Projeto. "Eu precisava conciliar escola e treinos, alguém sempre tinha que me levar e buscar, além das saídas para jogos, e meus pais sempre estiveram ali", explica. 

Pietra iniciou no Projeto na categoria pré-mirim, evoluiu para a mirim, infantil e, mais recentemente, infanto ou sub-19. Desde a categoria infantil se destacou na posição de ponta, devido à sua altura, flexibilidade e força que desenvolveu ao longo dos anos de treinamento.

Foram longos nove anos treinando no Projeto Vôlei, nos quais fez muitas amizades, conheceu muitos lugares e ganhou títulos. "Tivemos muitos títulos, pois sempre nos preparávamos bem para as competições, fossem elas regionais, estaduais, nacionais ou internacionais. Me lembro especialmente da competição nacional que era a Taça Paraná e internacional, o Festival de Estrela. Eram meses de preparo e concentração para chegar nesses campeonatos, competindo com grandes times e adquirindo importantes experiências que levarei para sempre na minha caminhada como pessoa e atleta", relata.

O talento de Pietra passou a chamar a atenção das equipes oponentes, bem como de olheiros presentes nas competições. "Em várias ocasiões fui procurada e recebi convites para testes, mas em comum acordo com meus pais, resolvi esperar o momento certo. Além do vôlei, sempre pensei na minha formação escolar", explica a jovem. 

Já com 17 anos e mais madura, Pietra decidiu, no final do ano de 2022, que era chegada a hora de "sair do ninho" e alçar vôos mais altos. Ela recebeu convites de duas equipes paulistas para realizar testes - do SESI, em Bauru, e do São Caetano, em São Caetano do Sul. "Fomos então a São Paulo para fazer os testes e conhecer as estruturas, as instalações e o funcionamento. Afinal, não é apenas jogar e treinar, mas envolve todo o meu dia a dia em São Paulo e o meu estudo, pois estou cursando o 3º ano do Ensino Médio", conta.

Ao final dos testes, Pietra optou por São Caetano do Sul, onde está residindo desde o começo de fevereiro, treinando intensamente e frequentando a escola. Para ela, ser convidada para treinar em uma grande equipe do país é o sonho de qualquer atleta que pensa em evoluir no esporte. "Sempre levei o esporte muito a sério na minha vida, pois não é só treinar na quadra, precisa acompanhar com atividade física, se alimentar bem, ter bons hábitos e ter o apoio da família. Sei que é uma responsabilidade grande comigo mesma, de crescimento pessoal, um grande desafio e estou muito empenhada e muito feliz em estar aqui", enfatiza. Pietra afirma que também está sendo um desafio morar sozinha, longe da família, mas o sonho supera as dificuldades. "É um sonho que vai se realizando e eu estou amando ter que me superar todo dia para dar conta da rotina", salienta.

Mesmo jovem e no início da carreira, Pietra vislumbra um futuro promissor no esporte. "Acho que a evolução no esporte é uma consequência natural de quem se esforça e leva a sério. No futuro, me vejo jogando em grandes equipes, mostrando meu talento e trazendo muitas alegrias para mim, minha família e ao meu lugar", afirma.

Pietra destaca a importância da base no vôlei, proporcionada pelo Projeto Vôlei Nova Petrópolis. "Sou fruto do Projeto Vôlei Nova Petrópolis, que é conhecido e respeitado nacionalmente no meio do vôlei, pela excelência do trabalho que desenvolvem, sendo berço de inúmeros atletas que, assim como eu, se destacaram em suas categorias e hoje seguem seus sonhos. Agradeço imensamente a todos os profissionais que fazem o Projeto acontecer, pois sem o apoio e aprendizado de todos esses anos vestindo essa camisa eu não chegaria aonde estou", conclui.