Políticas para jovens do campo ganham espaço em frente estadual

Segundo proponente Elton Weber, colegiado buscará avançar em políticas que garantam oportunidades, renda e permanência no campo

Fotos: Divulgação | Desporto PMNP

Na instalação da Frente Parlamentar em Defesa e Valorização da Juventude Rural da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (9), em Porto Alegre, o deputado Elton Weber (PSB) solicitou a liberação imediata dos R$ 12 milhões anunciados em julho pelo governador Eduardo Leite para ampliar o Programa Agrofamília Jovens, destinado a jovens de 15 a 29 anos. Segundo a Fetag-RS, 10 mil agricultores inscritos seguem à espera de oportunidades. 

Das primeiras duas fases do programa, que somam R$ 12,5 milhões, R$ 6 milhões são de emendas de Weber. Até agora, 357 contratos foram assinados, totalizando R$ 8,45 milhões, mas a execução dos recursos avança lentamente. “O programa é fundamental e precisa de mais investimentos para atender à alta demanda”, reforçou o deputado. 

O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, reforçou o pedido. Já a coordenadora da Juventude Rural da entidade, Camila Rode, destacou a importância da criação da Frente: “A instalação desta frente é um marco político estratégico. Queremos um Rio Grande do Sul com políticas públicas à altura da juventude rural.” 

Presente ao evento, o secretário da Casa Civil, Artur Lemos, ressaltou a importância de criar condições para a permanência dos jovens no campo e citou ações concretas de apoio do Estado, como o programa Agrofamília Jovens e o Terra Forte.   

Weber, presidente da Frente Parlamentar instalada com 27 assinaturas, afirmou que o colegiado buscará avançar em políticas que garantam oportunidades, renda e permanência no campo. Ele anunciou reuniões no próximo semestre para ouvir as demandas regionais dos jovens. 

A Frente atende ao Pacto da Juventude Rural, lançado pela Fetag-RS neste ano. Weber alertou para o risco do êxodo rural: “Apenas 1,2% dos responsáveis por estabelecimentos agropecuários têm até 25 anos, segundo o Censo Agropecuário do IBGE, o que ameaça a produção de alimentos e a sucessão das famílias no campo.”

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